A Oração e a Cruz

O homem quando alcança um grau profundo de oração, separa-se das necessidades do corpo e do mundo físicos. Às vezes até escapa das leis do mundo físico, como Santa Tereza de Jesus ou Tereza D’Ávila em seus êxtases místicos coroados com levitações. O que, aliás, nada era diante de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem Tereza chamava por Sua Majestade, que andou sobre as águas, transfigurou-se em luz resplandescente, ressuscitou dos mortos e ascendeu aos céus. Tudo isso por Amor à Humanidade.

Essa compreensão do Amor Absoluto de Deus Criador por sua criatura humana é a própria experiência religiosa da comunhão do homem com a Divindade. Ao fazê-lo, o indivíduo imerge no mundo espiritual liberto das amarras temporais, espaciais e causais que, em suma, são os principais atributos possíveis de Deus: Eternidade – a simultaneidade de todos os momentos; Infinitude – a totalidade do espaço concentrada em um ponto; Onipotência – Causa das causas.

Portanto, o ato de abdicar dessa experiência voluntariamente e voltar para a materialidade real do mundo e da sociedade humana com suas leis inflexíveis e injustas é simbolizado pela cruz. 

Por isso a Cruz é a marca do bom cristão.

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