1488. Aos olhos da fé, não existe mal mais grave do que o pecado;
nada tem piores consequências para os próprios pecadores, para a Igreja e para
todo o mundo.
1853. Os pecados podem distinguir-se segundo o seu objeto, como todo o ato humano; ou segundo as virtudes a que se opõem; por excesso ou por defeito; ou segundo os mandamentos que violam. Também podem agrupar-se segundo outros critérios: os que dizem respeito a Deus, ao próximo, à própria pessoa do pecador; pecados espirituais e carnais: ou, ainda, pecados por pensamentos, palavras, obras ou omissões. A raiz do pecado está no coração do homem, na sua vontade livre, conforme o ensinamento do Senhor: «do coração é que provêm pensamentos malévolos, assassínios, adultérios, fornicações, roubos, falsos testemunhos, maledicências – coisas que tornam o homem impuro» (Mt 15, 19). Mas é também no coração que reside a caridade, princípio das obras boas e puras, que o pecado ofende.
1853. Os pecados podem distinguir-se segundo o seu objeto, como todo o ato humano; ou segundo as virtudes a que se opõem; por excesso ou por defeito; ou segundo os mandamentos que violam. Também podem agrupar-se segundo outros critérios: os que dizem respeito a Deus, ao próximo, à própria pessoa do pecador; pecados espirituais e carnais: ou, ainda, pecados por pensamentos, palavras, obras ou omissões. A raiz do pecado está no coração do homem, na sua vontade livre, conforme o ensinamento do Senhor: «do coração é que provêm pensamentos malévolos, assassínios, adultérios, fornicações, roubos, falsos testemunhos, maledicências – coisas que tornam o homem impuro» (Mt 15, 19). Mas é também no coração que reside a caridade, princípio das obras boas e puras, que o pecado ofende.
O assunto é quase proibido, mas o mundo padece pelo pecado. É como um câncer já descoberto,
mas que se teima em não tratá-lo por acreditar na sua inexistência. As
consequências são terríveis, pois se espalha em silêncio por todo o organismo
social e o deixa à beira da morte; não física, mas espiritual: "Porque o
salário do pecado é a morte, enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo
Jesus, nosso Senhor" (Rm 6, 23)
Não existe
nenhum mal que supere o pecado, porque não se encontra também inimigo maior e
mais temível que a morte e a condenação eterna. A situação se agrava porque a raiz
do pecado no coração do homem não pode ser arrancada apenas por um esforço
pessoal. É preciso, sobretudo, da graça de Deus. De nossa parte, somos obrigados
a combater com súplicas, renúncias, conversão e provar ao Pai celestial que o priorizamos
acima de tudo e buscamos cumprir seus mandamentos como prova de amor.
Lutar contra
o pecado significa conviver com muitas quedas. Algumas bem doloridas. Nossas
pernas são muito frágeis e é comum tropeçarmos em algumas provações. As quedas
evidenciam os pecados. Esses ficam expostos e podem ser classificados pelo
objetivo de sua maldade. A corrupção política e econômica é um exemplo claro. Esse
mal, já alastrado pelo mundo, gera toda sorte de danos sociais e destrói a
confiança entre os homens. O dinheiro roubado dos cofres públicos beneficia
pequenos grupos e arrasa gerações, matando a esperança do povo e destruindo o
bem comum. Mas é fundamental compreendermos que a corrupção é consequência de
uma decisão pessoal, com responsabilidade individual, não surge de fora para
dentro, não é a sociedade que cria o pecado, mas é o homem que o gera no corpo
social.
O parágrafo 1853 do
catecismo especifica bem as várias formas de perdermos a aliança de amizade com
Deus. Porém, o seu ensinamento maior é que essas forças malévolas encontram-se
dentro do coração do homem, como sementes prontas para brotar: «Do
coração é que provêm pensamentos malévolos, assassínios, adultérios,
fornicações, roubos, falsos testemunhos, maledicências – coisas que tornam o
homem impuro» (Mt 15, 19). Mas é também no coração que reside
a caridade, princípio das obras boas e puras, que o pecado ofende.
Olhar
para dentro é constatar um campo aberto de batalha. É através da decisão
radical pelo bem que poderemos alcançar a graça divina para vencermos o mal. O
mínimo de condescendência com as tentações leva-nos para a fronteira minada do
inimigo que está armado até os dentes para nos destruir. Satanás, autor do
pecado, homicida desde o início, nos atrai com pompas, seduções, honrarias e
toda sorte de prazer. Em seguida, após nossas escolhas,acusa-nos de toda sorte
de males diante de Deus. Toda atenção é pouca.
Uma vida em conformidade com o Cristo é a única chance para reavivarmos as virtudes recebidas no batismo e colocá-las a serviço da edificação do Reino entre os homens tão amados por Deus. Optar por uma vida santa é despertar o amor divino em nós e aceitar a missão de sermos portadores da palavra e dos gestos de Jesus, o único capaz de tirar o pecado do mundo. Desse modo, o câncer regride e a vida ganha novo vigor.
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